Atvos está de olho em três usinas de açúcar da Raízen, dizem fontes

A Atvos, produtora brasileira de etanol e açúcar investida do Mubadala Capital, está entre as empresas que avaliam fazer proposta para adquirir três usinas de açúcar da Raízen no Mato Grosso do Sul, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A Raízen, uma joint venture de capital aberto entre o conglomerado brasileiro Cosan e a gigante do petróleo Shell, contratou o Banco Itaú BBA para a venda, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada por discutir informações que não são públicas.

O processo de venda começou recentemente e pode terminar sem acordo, disseram as pessoas.

A Raízen não quis comentar. A Atvos também não quis comentar, acrescentando que a empresa “está sempre atenta a oportunidades de novos negócios”. O Itaú não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Sobre o Mubadala

O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, detém 38% de participação direta e indireta na Atvos Participações, onde se concentra a maior parte das operações de produção de biocombustíveis.

A Cosan, um império sucroalcooleiro que se expandiu para áreas como produção de lubrificantes e distribuição de gasolina, transporte ferroviário e fornecimento de gás natural para residências, colocou diversos ativos à venda em busca de redução de alavancagem. Em janeiro, vendeu uma participação de 4,05% na mineradora Vale, em uma transação de R$ 9,1 bilhões.

A potencial venda de suas usinas no Mato Grosso do Sul faz parte de uma ampla reestruturação da Raízen. Desde a chegada do novo presidente, Nelson Gomes, no final de 2024, a maior produtora de açúcar e etanol do Brasil afirmou estar em uma revisão “profunda” de seu portfólio de ativos. O grupo também suspendeu investimentos em novas usinas em busca de reduzir a dívida e navegar melhor em um ambiente de juros elevados.