Conheça as Cinco Cidades com a Pior Qualidade de Vida na Bahia

Salvador, Bahia – Um levantamento recente do Índice de Progresso Social (IPS) Brasil revelou as cidades baianas com os piores índices de qualidade de vida, destacando desafios em áreas como saúde, educação e segurança. O estudo avalia os desempenhos sociais e ambientais dos municípios brasileiros, e a Bahia figura na 22ª posição no ranking nacional, com uma média de 57,67 pontos.


Camamu Lidera o Ranking das Piores Cidades

A cidade de Camamu, localizada no litoral sul da Bahia, obteve a pior nota do estado no IPS Brasil, com uma média de 46,43 pontos de um total de 100. Os principais problemas identificados na cidade incluem a baixa qualidade dos serviços de segurança pessoal, saúde e educação.

Moradores de Camamu, como Maria Selma Pereira, 61, apontam a ausência de universidades próximas como um grande obstáculo para a formação dos jovens, que precisam se deslocar até 120 quilômetros para acessar o ensino superior. A demora no agendamento de consultas em postos de saúde também é uma queixa frequente.


Segurança Pública em Foco

A pesquisa do IPS Brasil também evidenciou a alta taxa de assassinatos de jovens em Camamu, que, apesar de ter reduzido o índice de 151 mortes violentas por 100 mil habitantes em 2021 para 75 em 2023, ainda enfrenta sérios desafios na área de segurança. A cidade é uma das 63 que integram o Programa Nacional De Segurança Pública com Cidadania, do Governo Federal, que acompanha municípios considerados prioritários.

Para Horacio Nelson Hastenreiter, coordenador do mestrado em Gestão da Segurança Pública da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a sensação de segurança é fundamental para o bem-estar da população, sendo inclusive uma das principais necessidades básicas do ser humano, conforme a Escala de Maslow.


Jacobina no Contexto do IPS Brasil 2025

De acordo com o Scorecard do IPS Brasil 2025, Jacobina (BA) alcançou uma pontuação geral de 56,49/100. No ranking nacional, a cidade ocupa a posição 3.851 de 5.570 municípios avaliados, e a 154 de 417 municípios na Bahia. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Jacobina em 2021 foi de R$ 21.714,06, ocupando a posição 2.999 de 5.570 no ranking nacional.

O estudo IPS Brasil 2025 avalia a qualidade de vida nos 5.570 municípios do país, sendo uma iniciativa do Imazon, 2030, Avina, Anatta, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative. A metodologia do IPS Brasil se baseia em uma estrutura robusta que considera diversos componentes sociais e ambientais, sem focar em indicadores econômicos. Os pilares de avaliação são “Necessidades Humanas Básicas”, “Fundamentos para o Bem-Estar” e “Oportunidades”.

Em Jacobina, os resultados por pilar são:

  • Necessidades Humanas Básicas: 67,57
  • Fundamentos para o Bem-Estar: 59,09
  • Oportunidades: 42,82

No detalhamento dos componentes, Jacobina apresenta algumas áreas de atenção, como:

  • Segurança Pessoal: 29,85 (posição 5.367 de 5.570 no Brasil), com desafios em indicadores como assassinatos de jovens, homicídios, mortes por acidente de transporte, suicídios, violência contra negros e violência contra mulheres.
  • Acesso à Educação Superior: 30,97 (posição 2.823 de 5.570 no Brasil), com indicadores como empregados com ensino superior e nota mediana no Enem.
  • Saúde e Bem-estar: 52,35 (posição 3.941 de 5.570 no Brasil), com destaque para a mortalidade entre 15 e 50 anos, mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, obesidade e gravidez na adolescência.
  • Inclusão Social: 66,0 (posição 2.270 de 5.570 no Brasil), abordando temas como paridade de gênero e de negros na Câmara Municipal e violência contra mulheres e indígenas.

Os dados mostram que, embora Jacobina apresente pontos fortes em certas áreas, como “Necessidades Humanas Básicas”, existem desafios significativos em “Segurança Pessoal” e “Oportunidades”, especialmente no que tange ao acesso à educação superior. O estudo detalha a coleta de dados de diversas fontes, como RAIS/MTE e IBGE, para compor os indicadores de cada componente.


Outras Cidades com Baixos Índices

Além de Camamu, outras cidades do litoral e do interior baiano também apresentaram índices preocupantes:

  • Taperoá: 48 pontos
  • Belmonte: 47,3 pontos
  • Wenceslau Guimarães: 47,1 pontos
  • Pilão Arcado: (dados específicos não detalhados na fonte, mas citada como a quinta pior)

Melissa Wilm, coordenadora do IPS Brasil, destaca que o litoral baiano concentra as áreas mais críticas do estado, com pontos de atenção direcionados, em especial, ao acesso à educação superior e à segurança pessoal.

Por Redação Jacobina em Destaque.

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